O primeiro passo para se projetar um livro é a definição de seu formato. Em teoria, os livros podem ter qualquer forma, mas devido ao hábito e praticidade, os retângulos verticais se tornaram a norma.

Desde a época de Gutenberg, é costume fazer livros em retângulos verticais, seguindo aproximadamente a proporção do número de ouro, que é considerada a proporção ideal (1:1.618), que está relacionada à chamada Sequência de Fibonacci. Falaremos mais sobre essa sequência num outro post.
De lá pra cá os fabricantes de papel e as gráficas padronizaram certos formatos de livros, o que tornou os tamanhos personalizados ainda mais raros porque são impraticáveis e caros. Isso tem a ver com o aproveitamento do papel; quanto menor a sobra de papel, mais fácil e barata será a fabricação do livro. Para que possam ser vendidos a um preço razoável, os livros devem ser fabricados com o menor custo possível, daí a importância dessa otimização no seu processo de fabricação.
Os formatos de impressão e papel evoluíram para produzir com eficiência apenas um certo número de tamanhos de livros. Tanto papéis como livros nos EUA são medidos em polegadas, já no resto do mundo o padrão são as unidades métricas.
Para livros tradicionais, como romances, contos, ou livros de negócios, por exemplo, os dois formatos mais utilizados são o 14 x 21cm e o 16 x 23 cm; o primeiro número é a largura e o segundo número é a altura. Uma diferença, mesmo que pequena, aumenta significativamente o custo.
Qualquer elemento que se desvie ligeiramente dos padrões utilizados atualmente pode aumentar consideravelmente o custo do livro. Os livros são impressos em grandes folhas de papel e depois dobrados em cadernos, que podem ser de 32, 16 ou 8 páginas. O ideal é que sejam cadernos de trinta e duas páginas, ou seja, dezesseis páginas impressas de cada lado do papel.
Uma razão pela qual mudar o tamanho de um livro de uma retângulo vertical para um horizontal não é algo tão simples é que formas mais largas exigem dobrar o papel contra a textura. Quando o papel é feito, as fibras que o formam são alinhadas em uma determinada direção. Isso é chamado de direção da fibra, e o papel se dobra melhor nessa direção. O papel de livro é fabricado sob a suposição de que a forma do livro é um retângulo vertical. Para evitar problemas de encadernação, formatos mais largos requerem papel especial com direção de fibra oposta.
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